Frevo
O Frevo é um ritmo genuinamente pernambucano, nasceu no século XIX de disputas envolvendo bandas militares e negros recém-alforriados, que se misturavam em meio a movimentos da capoeira. Mesclando elementos dos dobrados, maxixes, quadrilhas e, especialmente da polca e das marchas, o Frevo tem um ritmo sincopado, frenético e eletrizante, levando uma multidão a ferver. Da fervura, ou “frevura” na linguagem popular, foi originado o nome Frevo. Das lutas de capoeira surgiram os passos geométricos e ritmados que compõem a dança. As sombrinhas, que antes eram usadas como armas, viraram adereços coloridos e dão equilíbrio e graça aos passistas, tornando-se tradicional nos malabarismos elaborados dos dançarinos, que vestem roupas multicoloridas.
Atualmente, o estilo é composto de três modalidades: Frevo de Rua, Frevo de Bloco e Frevo-Canção. O Frevo de Rua não é cantado, tem a característica de ser instrumental e acelerado, com predominância dos instrumentos de sopro, próprio para os passistas desenvolverem suas coreografias. O Frevo-Canção se assemelha à modalidade anterior, mas conta com vocais e lembra as marchinhas cariocas, cuja semelhança também se aplica às letras fáceis de serem assimiladas pelo público. O Frevo de Bloco é executado por uma orquestra de paus e cordas, geralmente composta por violões, cavaquinhos, bandolins, além de instrumentos de sopro e percussão, é um Frevo mais lento, poético, lírico, cujas letras falam de saudade e exaltam a beleza dos antigos carnavais.
O Frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial tanto do Brasil como da Humanidade, tamanha é a sua importância para a cultura popular e carnavalesca.
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